sábado, 9 de fevereiro de 2008

Bolas fora!


Registo aqui o meu desacordo, por algumas frases proferidas por uma senhora de nome: María Jesús Álava Reyes (psicóloga, madrilena, 53 anos, solteira e sem filhos), cuja entrevista vem publicada na Revista Sábado-nº196 (não vos aconselho a perderem o vosso precioso tempo a ler, mas cada um é que sabe...eu ainda lamento o meu).

Entre outras frases infelizes, diz então a senhora:
"Quando uma mulher chega a casa e encontra o marido de mau humor no sofá, deve tentar surpeendê-lo com um jantar especial ou qualquer coisa que o faça sentir-se bem"(sic). Ora nem mais: a gaja chega a casa estafada de trabalhar, de ter enfrentado um trânsito infernal,de ter ído ao supermercado, de ter ído buscar os putos ao ATL (consciente de que ainda tem pela frente umas horas de trabalho adicional para fazer...), encontra o seu gajo de mau humor (ele lá saberá porquê), a fazer o seu zappingzinho no sofá, e é a ela que cabe(sem levantar questões, de preferência) fazer um jantarinho surpreendentemente bom para que o maridinho se sinta bem (do estômago para o espírito, directo).

E a senhora tropeça de novo quando afirma que os homens reagem melhor ao fim das relações, porque "são menos insistentes e fácilmente começam outra relação, porque confundem a atracção sexual com amor"(sic). E eu digo: esta senhora percebe mesmo muito de comportamento humano!!! Digo mais: percebe muito de homens (falta de contacto?). Mas pensando bem, acho que também não conhece as mulheres (hummm...estou confusa).
Pronto, serve para mim e dedico-o a ela: por qué no te callas?

(A bem da clientela, espero que a senhora faça uma reciclagem, com matéria adaptada ao séc. XXI)

7 comentários:

Jo disse...

bolas!!...
sem comentários. :/

beijo* e bom fim de semana

Carlos disse...

Ehehhhhhhhh,
Concordo contigo também,
será q essa senhora será mentecapta?
Acho q realmente, lhe falta tacto e mais do que isso, experiência....
Essa dos homens tb é outra....foi um dia mau, sabes lá se estava com TPM?
Mas agora é moda (acho) há muita gente que confunde atitude com comportamento....
e é tudo a «eito»...
paciência,

não lamentes , faz de conta que foi um sonho mau. eheheheheh


fica bem

Angel Adanero disse...

Muito exemplar, que profissional à senhora esta! Essa entrevista é de agora ou de à Espanha dos anos 50? Estive buscando informação desta mulher e pelo lido está muito bem-vista nos setores mais tradicionais do país. Isso explica muito.
Uma prova da afastada que está da realidade é o título de um de seus livros: Amar sem sofrer. Eu acho que o amor é ante todo sofrimento. Sofrimento desejado, mas sofrimento igualmente.

Um saludo.

Toni disse...

Eu até estou de acordo com a Sra. pois ela fala de encontrar o marido de MAU HUMOR, e deverá fazer tudo para o fazer sentir bem.
A questão é que não imagino o conforto e a inércia (de espírito) que um sofá transmite, seja passível de causar mau humor...

MySelf disse...

Descobri agora este blog e achei piada á coincidência...
Também li a reportagem e pensei o que decidiste exprimir em palavras. Enfim, eu perdi o meu tempo...

Joaquim Amândio Santos disse...

por isso, sempre reneguei cedências ou sacrifícios, devotando-me aos princípios da partilha e do aconchego mútuo.

Higino disse...

Assim é que é falar. Só quem passa por elas é que sabe!