quinta-feira, 6 de março de 2008

Por aí....



No tempo em que vivemos, a ideia de deixar o carro na oficina, atormenta-nos, e não é só pela conta que teremos que pagar, mas por todos os improvisos que teremos que fazer, perante a falta daquele que tão depressa é o nosso melhor aliado, como o nosso pior inimigo.
Se a isso se juntar o facto de ter que o entregar antes das 9 da manhã no centro do Porto, morando em Gaia, o assunto vira pesadelo.

Mas, hoje tudo isso se transformou de forma positiva, aliás, fantástica. A manhã estava fria e ventosa, mas com uma luz inebriante. Desde logo, um bom presságio...

Por imperativos profissionais, andar a pé pela baixa do Porto, e poder encontrar-me com o meu pai para um pequeno almoço, são luxos a que não me posso permitir com frequência, pelo que decidi fazer o percurso da Constituição à Avenida dos Aliados, onde ele já me aguardava para me levar pelos locais do Porto antigo que não dispensa, e sobre os quais vou estando desactualizada. E andámos....andámos...

Apesar da invasão de bancos em lugar das lojas, do abandono das casas, de alguma desertificação da baixa em prol dos centros comerciais, o Porto mantem uma magia única, que sempre me alimenta o espírito e me recarrega baterias. Pena que a vida seja cada vez mais vivida em redor da cidade, circulando por vias que nos levam mais rapidamente ao nosso destino. Tem que ser...

Quando o estômago e o relógio lembraram a hora de almoço, já a baixa estava longe e o rio Douro mesmo à beirinha.

Após almoço hipercalórico , havia que retomar o passeio e aproveitar a tarde luminosa...que o momento da repetição é uma incógnita.

Em resumo, um dia sem carro, resultou em algumas vantagens: fiz exercício físico gratuito, actualizei conhecimentos, revi locais que adoro, evitei a emissão de algum monóxido de carbono, poupei dinheiro em gasolina, alivei o stress, e sobretudo usufruí da companhia do meu pai por um dia inteiro, só para mim.

7 comentários:

Carlos disse...

Olá,
Parece que se fica despido,sem o carro.
Mas aquilo que eventualmente seria complicado acabou por se tornar muito agradável.
O Porto ( a minha doce cidade )tem algo de mágico, de inconfundível beleza, e então esse Douro a enlaçar o mar......

beijo

Anónimo disse...

Ola querida amiga.
Nao posso imaginar uma tarde mais bem passada, como adorava poder fazer isso agora, tenho a certeza que iria, usar o tempo de uma forma mais inteligente, e nao deixar que as misquinhices do quotidiano, se intrometecem.
um beijo para ti bom fim de semana
CP

PS. desculpa a falta de acentos, mas e sempre a "pain in you know where" para mudar esta coisa.

Oliver Pickwick disse...

Humm... almoço hipercalórico... seja cuidadosa, garota!
Eu sei, foi só desta vez, por sinal, culpa do seu pai, que fez a escolha.
Beijos!

By myself disse...

Oliver:
Os montões de calorias são sempre escolha minha....ahahahahha!
Prometo um destes dias ganhar juízo.
Beijos

Angel Adanero disse...

Chego demore mas aqui deixo meu comentário.

Infelizmente o carro e tudo o que comporta nos está tirando bastante essa vida tranqüila e sossegada da qual desfrutávamos até há não muito. E não só aos que o usam, eu não sou usuário do veículo particular e sofro essas mesmas conseqüências. A destruição e abandono do casco histórico de nossas cidades, esse contínuo afluir de carros desde a periferia ao centro das cidades, a contaminação, o ruído, o stress...

Acho que ainda reconhecendo que o carro nos facilita muito a vida em algumas ocasiões, nos tira mais do que nos dá.
É preciso deixar o veículo, passear pelas cidades e descobrir essas pequenas coisas que se nos tinham esquecido. Vejo que tua experiência desse dia foi muito satisfatória para ti, incluído a comida hipercalórica.
Resérvate um pouco que temos pendente essa comida em uma adega daqui com a gente de Lhe Télèphone.

Um beijo.

By myself disse...

Carlos:
"a nossa doce cidade"...

Adanero:
Já me estou reservando...

Beijos

Jo disse...

sempre há males que vêm por bem, então!
:)

delícia de dia :)

beijo*